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O Dia em que o Evangelho Simples Me Fez Chorar

O Dia em que o Evangelho Simples Me Fez Chorar


Anos atrás, tive uma experiência que marcou profundamente meu coração. Viajei para Ituiutaba, em Minas Gerais, onde parte da família da minha esposa, Natália, mora. Lá, o ritmo da vida é mais calmo, o cotidiano é simples e a fé… é pura. Alguns tios da Natália são pastores numa igreja bem humilde — daquelas de chão de cimento vermelho, paredes simples e bancos de madeira. Nada de luxo, estrutura grandiosa ou tecnologia. Tudo ali respira simplicidade e verdade.


Foi nesse cenário, quase cinematográfico de tão real, que vivi um dos momentos mais impactantes da minha vida com Deus. Estávamos na casa da Tia Dazinha, uma mulher de fé, que mora no fundo da igreja com o esposo. A casa é pequena: um quarto, uma cozinha e uma salinha onde cabem poucos móveis, mas sobra espaço para o amor e a presença de Deus.


Tia Dazinha me recebeu com aquele jeitinho mineiro acolhedor. Sorridente, com um brilho nos olhos, ela começou a conversar comigo. Sentamos em uma cadeira de madeira, um a frente do outro na sala, e sem nenhum roteiro, sem esforço, ela começou a contar seu testemunho. Falava de como Deus tinha mudado a vida dela, daquilo que viu, sentiu e viveu ao longo dos anos. Nenhuma palavra teológica. Nenhuma frase de efeito. Nada rebuscado. Era só ela, sua voz mansa e a fé transbordando de dentro pra fora.


E, de repente, eu comecei a chorar. Mas não foi um choro discreto — foi aquele choro de soluçar mesmo, sabe? Um quebrantamento que vem do fundo da alma. E ela continuava falando, sem perceber o quanto aquilo me tocava. Continuava com a mesma calma, a mesma doçura… como se estivesse apenas contando uma história simples para um sobrinho.


Naquele momento, entendi algo que a gente esquece no meio das discussões teológicas, das frases de efeito no Instagram, das pregações elaboradas: o Evangelho é simples. E é essa simplicidade que o torna tão poderoso.


Vivemos tempos em que parece que só é ouvido quem fala bonito, quem tem um bom argumento, um bom conteúdo, uma boa estética, uma boa teologia. Mas ali, sentado naquela sala de cimento vermelho, ouvindo Tia Dazinha, eu fui lembrado de algo essencial: Jesus veio pra amar, não pra complicar. O Evangelho é sobre vida transformada. Sobre consolo para o quebrantado. Sobre fé que se vive e não só se fala.


Tia Dazinha talvez saiba ler apenas a Bíblia. E isso basta. Porque ela conhece o Autor.


Na simplicidade das palavras dela, encontrei mais verdade do que em muitos livros. E, naquele dia, percebi que o Evangelho que Jesus viveu e ensinou ainda pulsa forte nos corações humildes. Nos lugares escondidos. Nos lares pequenos. Nos altares improvisados.


Se eu pudesse deixar uma mensagem pra você que está lendo, seria essa:

Lembre-se de Jesus no Evangelho Simples.



 
 
 

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